Entender o ponto de equilíbrio operacional é essencial para que sua empresa cresça de forma segura e sustentável. Esse conceito mostra o valor mínimo que o negócio precisa faturar para cobrir todos os seus custos — sem prejuízo, mas ainda sem lucro. A partir desse ponto, todo faturamento adicional representa resultado positivo.
Ao iniciar uma empresa, principalmente no setor de serviços, é comum operar com boas margens de lucro, já que os custos iniciais costumam ser baixos. Porém, com a expansão, surgem novos gastos: contratação de equipe, investimento em marketing, estrutura física, entre outros. E é aí que saber o ponto de equilíbrio se torna vital para tomar decisões assertivas e proteger a saúde financeira da operação.
Você, gestor, já se perguntou:
“Quanto preciso faturar a mais para cobrir esse novo custo fixo?”
A resposta está no cálculo do ponto de equilíbrio operacional.
A seguir, mostramos como fazer esse cálculo na prática — em quatro passos simples e diretos.
O que é ponto de equilíbrio operacional?
O ponto de equilíbrio operacional é o faturamento mínimo necessário para cobrir todos os custos e despesas fixas e variáveis da empresa. A partir desse valor, a operação começa a gerar lucro.
Esse indicador é essencial para:
- Avaliar a viabilidade financeira de uma nova operação;
- Entender o impacto de novos custos;
- Definir metas realistas de faturamento;
- Reduzir o risco de decisões mal calculadas.
Como calcular o ponto de equilíbrio operacional?
Passo 1: Organize suas receitas e despesas
Antes de mais nada, é necessário organizar todas as movimentações financeiras da empresa — separando o que são receitas, custos variáveis e custos fixos.
Aqui está um exemplo de plano de contas para empresas prestadoras de serviço:
Receitas
- 01.01 Receitas dos Serviços Prestados
Despesas variáveis
- 02.01 Impostos sobre as receitas
- 02.02 Custos com os serviços prestados
Despesas fixas
- 02.03 Salários e encargos
- 02.04 Administrativas
- 02.05 Marketing e vendas
Essa categorização permite entender o comportamento de cada despesa e facilita o cálculo da margem de contribuição.
Passo 2: Encontre a margem de contribuição
A margem de contribuição é o que sobra da receita após subtrair os custos e despesas variáveis. Esse valor é o que a empresa realmente tem disponível para cobrir seus custos fixos e gerar lucro.
Exemplo prático:
Margem de contribuição = R$ 70.000 (ou 70%)
Passo 3: Calcule o ponto de equilíbrio operacional
Com a margem de contribuição em mãos, o próximo passo é calcular o ponto de equilíbrio operacional. Para isso, basta dividir o total de despesas fixas pela margem de contribuição percentual.
Exemplo prático:
- Salários e encargos: R$ 35.000
- Administrativas: R$ 10.000
- Marketing e vendas: R$ 5.000
- Total de despesas fixas = R$ 50.000
Cálculo:
Ponto de equilíbrio operacional = R$ 50.000 / 70% = R$ 71.428,57
Esse é o valor mínimo que sua empresa precisa faturar no mês para não operar no prejuízo.
Passo 4: Interprete o resultado e tome decisões melhores
Ao conhecer o ponto de equilíbrio operacional, você passa a tomar decisões baseadas em dados e não em suposições. Se o faturamento estiver abaixo desse valor, é sinal de alerta. Se estiver acima, significa que você já está operando com lucro.
Lembre-se: quanto maior forem seus custos fixos, ou quanto menor for sua margem de contribuição, maior será o ponto de equilíbrio da empresa — e, portanto, maior a necessidade de faturamento.
Por que acompanhar o ponto de equilíbrio operacional?
Esse indicador não é útil apenas para momentos de planejamento, ele deve ser monitorado constantemente. A cada novo investimento ou alteração nos custos, o ponto de equilíbrio muda. Ao manter esse número atualizado, o gestor consegue:
- Estabelecer metas realistas de vendas;
- Reduzir desperdícios e otimizar despesas;
- Fazer simulações de cenários com base em dados concretos;
- Preparar-se melhor para momentos de crise ou expansão.

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Manoel Victor Tomaz
CEO Marvee
CRA-SC nº 32426