Por que o gestor deve se afastar do operacional da empresa?
Existe um ditado popular que diz: “se você quiser que algo seja bem feito, faça você mesmo”. Essa frase ecoa na mente de muitos empreendedores e gestores, principalmente no início da jornada, quando a ideia do negócio ainda está fresca na cabeça e há o desejo de manter o controle total sobre tudo. Nesse cenário, é comum que o gestor assuma o papel de “polvo”, tentando abraçar todos os projetos, aprovar decisões e ainda colocar a mão na massa na execução.
Mas essa abordagem, com o tempo, cobra um preço alto.
A sobrecarga do gestor: um caminho para o esgotamento
Com o passar dos anos, manter esse nível de envolvimento no operacional leva à exaustão física e mental. Durante a pandemia, por exemplo, muitos profissionais sentiram na pele a dificuldade de separar trabalho de lazer e, ao mesmo tempo, manter a produtividade em alta.
O resultado? Um aumento expressivo nos casos de Síndrome de Burnout, já reconhecida como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a International Stress Management Association, cerca de 32% dos mais de 100 milhões de trabalhadores brasileiros são afetados por esse distúrbio.
O excesso de controle e acúmulo de tarefas não são sinal de eficiência — são sintomas de um modelo de gestão insustentável.
Delegar é desenvolver
Para que uma empresa cresça de forma saudável e o time evolua, o gestor precisa aprender a delegar. Sabemos que é difícil desapegar, especialmente quando a qualidade e os detalhes importam. Porém, ao insistir na mentalidade de “só eu sei fazer direito”, o líder se torna um gargalo no próprio negócio.
Além disso, quando o gestor está atolado em tarefas operacionais, ele perde o foco no que realmente importa: a entrega de valor ao cliente e o posicionamento estratégico da empresa. Um arquiteto, por exemplo, precisa dedicar seu tempo à criação de projetos, não à gestão de planilhas financeiras.
A importância da descentralização na gestão
Sair do operacional é um movimento necessário para que o gestor possa atuar de forma mais estratégica. Isso exige descentralizar responsabilidades e confiar nos profissionais certos para executar as tarefas.
Um bom exemplo é o futebol: o técnico é quem está fora do campo, observando o jogo de cima e orientando os jogadores sobre o que pode ser feito para melhorar o desempenho. Por mais experiência e talento que tenha, o técnico não calça as chuteiras para entrar em campo — quem joga são os atletas, preparados para aquela função.
Na empresa, a lógica é a mesma: o time precisa de autonomia para atuar com clareza, enquanto o gestor define estratégias, direciona e acompanha os resultados.
Conclusão: hora de assumir o papel de líder
Quando o gestor deixa de centralizar tudo em si, ele libera tempo e energia para focar no crescimento da empresa e na formação de um time mais preparado e engajado. Isso resulta em mais clareza para os colaboradores, decisões mais assertivas e, principalmente, uma rotina mais leve e sustentável para o próprio líder.
Se você se sente sobrecarregado, está na hora de dar o próximo passo.
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Seu tempo vale muito mais quando é investido em decisões que realmente fazem sua empresa crescer.
Manoel Victor Tomaz
CEO Marvee
CRA-SC nº 32426